Amazônia - Estradas da Última Fronteira

Índio Tukano captura peixes em armadilha no rio Curiuríari

Paulo Santos é um daqueles fotógrafos que não se contenta com pouco. Ele quer muito, sempre quer muito mais.

É esse espírito exigente que faz de Paulo um fotógrafo diferenciado e um profundo conhecedor da realidade da Amazônia.

Com os olhos atentos a partir de Belém, lança sua visão sobre os temas que marcam a região: o homem e o meio; os conflitos regionais, e a indústria de transformação.

Esses são os temas que estão reunidos em mais de 120 fotos, em diversos formatos, que compõem a exposição fotográfica Amazônia - Estradas da Última Fronteira.

Convite da exposição

A exposição esteve no ano passado no Museu Histórico do Pará e, esse ano, inicia sua itinerância por Brasília.

Amazônia é apresentada ao público brasiliense a partir do próximo dia 7 de fevereiro, na Galeria do Térreo do Museu Nacioal do Conjunto Cultural da República. Fica aberta para visitação até o dia 17 de março, das 9 hs às 18:30 hs.

Índios Mathis do vale do Javarí, no Amazonas

Paulo Santos ressalta que Brasília é, do ponto de vista jornalístico, um dos vértices da informação, para onde convergem todos os olhares brasileiros, sendo ao mesmo tempo a origem das notícias que importam ao mundo. Dessa forma, o projeto cumpre um roteiro inevitável. Mas, acima de tudo, cria uma ponte de conhecimento, mais do que de informação, entre as referências da capital do Brasil e as da região mais desconhecida deste País.

Compartilhar com o público especializado e o grande público as imagens e o conhecimento acumulados pelo fotógrafo sobre a região é o objetivo do projeto Amazônia - Estradas da Última Fronteira. Além de apresentar uma abordagem pouco difundida, contribuindo tanto para discutir questões próprias da fotografia, como as pertinentes ao contexto amazônico. Mosaico socioambiental, a Amazônia de hoje é indígena, quilombola, ribeirinha. Além de comportar uma variedade de paisagens e tipos humanos decorrentes da ocupação mais recente da região.


Amazônia - Estradas da Última Fronteira é o resultado de aproximadamente 30 anos de trabalho, trazendo a visão de um observador privilegiado das transformações ocorridas na região ao longo das últimas décadas, e procurando expressar as disparidades características da Amazônia, em diferentes épocas e contextos.

Pescador rema por trilha aberta na canarana, na entrada do lago Preto, em busca do Pirarucú

Serviço
Exposição fotográfica "Amazônia - Estradas da Última Fronteira"
Vernissage - 07/02/2012, a partir das 20 hs.
Local - Galeria do Térreo - Museu Nacional do Conjunto Cultural da República.
Visitação - 08/02 a 17/03/2012 - das 9 hs às 18:30 hs.

O Encantador, Seu Teodoro do Boi

Mestre Teodro Freire

Mestre Teodoro do Boi, para os íntimos Seu Tioda, um apelido de infância que poucos conhecem, nos deixa saudade.

Seu Teodoro morreu nessa madruga e com a sua partida todos nós perdemos. Brasília perde, o Maranhão perde, o Brasil perde, a Cultura perde, o Bumba perde, e o Mundo perde um pouco da sua graça, da sua beleza e da sua alegria.

Um ser especial, uma pessoa diferente, uma cabeça lúcida e avançada. Um homem sem discriminação, ouvia e recebia todos como um dos seus. Um pai para muitos e um amigo para todos.

Tive o imenso prazer de conviver com esse homem quase diariamente, por mais de um ano e meio, quando estivemos juntos desenvolvendo o projeto do Livro - O Encantador, Seu Teodoro do Boi.

Foram tempos de muito aprendizado e de muitas conversas, quando pude conhecer uma pessoa incrível que me encantou e me encheu de prazer.

Ao Seu Tioda meu muito obrigado, por permitir essa convivência, por nos brindar com sua simplicidade e sabedoria, por fazer o nosso mundo um pouco melhor e de fazer da nossa cultura um orgulho.

Obrigado Seu Teodoro, e que nos altos possa continuar celebrando a sua arte e a sua alegria.

Eraldo Peres

 

 

Mestre Teodoro Freire

Hoje o fotógrafo Alex Farias acompanhou o velório do Mestre Teodoro, publicamos algumas fotos do seu álbum "Um Breve Adeus ao Seu Teodoro".